A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música. Para muitos, é considerada a expressão do que há de mais brasileiro em termos de atividade física.
Foi criada no Brasil, por escravos de origem africana. O termo capoeira significa “o mato que nasce depois do desmatamento”, provavelmente porque era praticada pelos escravos entre esses matos, com os lutadores próximos ao chão, para não serem descobertos pelos seus senhores.
Nessa época, a capoeira era proibida, pois com os escravos treinando sua forma de defesa pessoal, poderiam trazer problemas para aqueles que se consideravam seus “donos”. Porém, ainda que proibida, nunca deixou de ser praticada e ensinada.
Esta luta é conhecida, no exterior, como arte marcial brasileira. Caracteriza-se por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.
Por ser praticada em grupo e acompanhada de música, que impõe ritmo aos movimentos, muitas vezes é confundida com dança. Porém, a musicalidade apenas a distingue das demais artes marciais. Os praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.
Muito mais do que uma atividade física, a capoeira agrega religiosidade, movimento corporal, música, história e cultura.
Tradução do japonês: "Arte ou técnica suave".
De acordo com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, historiadores relatam que o Jiu-Jitsu, ou “arte suave”, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas.ube
Preocupados com a autodefesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas.
Com a expansão do budismo, o Jiu-Jitsu percorreu o sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.
A partir do final do século XIX, alguns mestres de Jiu-Jitsu migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos (cinco homens e três mulheres), Gastão tornou-se um entusiasta do Jiu-Jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.
Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no Jiu-Jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio, com 12.
Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família. Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o Jiu-Jitsu em sinônimo de saúde.
De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no Jiu-Jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do Jiu-Jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do Jiu-Jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio de Janeiro; porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto à da Academia Gracie, pois o Jiu-Jitsu que praticavam privilegiava as quedas; já o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.
Ao modificar as regras internacionais do Jiu-Jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de Jiu-Jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.
As principais técnicas desta arte marcial são os golpes de alavancas, estrangulamentos, torções e pressões para derrubar e dominar um oponente. Basicamente, usa-se a força (própria e, quando possível, do próprio adversário) em alavancas, o que possibilita que um lutador, mesmo sendo menor que o oponente, consiga vencer.
Tradução do japonês: "Caminho suave" ou "caminho da suavidade".
Esta arte marcial esportiva foi criada no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano, com o objetivo de desenvolver uma técnica de defesa pessoal, além de contribuir para o desenvolvimento físico, espiritual e mental. E teve grande aceitação, espalhando-se, posteriormente, para o mundo todo.
No Brasil, o Judô chegou em 1922, no período da imigração japonesa.
Atualmente, é uma das modalidades praticadas no país com o maior número de medalhas olímpicas.
As lutas são praticadas num tatame quadrado e duram, cada uma, até 5 minutos. Vence quem conquistar o ippon primeiro. Se, ao final da luta, nenhum judoca conseguir o ippon, vence aquele que tiver mais vantagens.
Como se vê, o objetivo do Judô é conquistar o ippon, ou seja, o ponto completo. O ippon é conquistado quando um judoca consegue derrubar o adversário, imobilizando-o, com as costas ou ombros no chão durante 30 segundos. Quando o ippon é concretizado, o combate se encerra.
Outra forma de conquistar o ippon é através da obtenção de dois wazari, que valem meio ponto (vantagem). O wazari é um ippon que foi aplicado de forma incompleta, ou seja, o adversário cai sem ficar com os dois ombros no tatame.
No Judô, não são permitidos golpes no rosto ou que possam provocar lesões no pescoço ou vértebras. Quando estes golpes são praticados, o lutador é penalizado e, em caso de reincidência, pode ser desclassificado.
No Brasil, as graduações do Judô são feitas através das cores das faixas, que são amarradas no quimono (espécie de roupão usado pelos judocas). São elas (de menor nível para o maior): branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom, preta - 1º Dan, preta - 2º Dan, Preta - 3º Dan, preta - 4º Dan, preta - 5º Dan, Vermelha e Branca - 6º Dan, vermelha e Branca - 7º Dan, vermelha e Branca - 8º Dan, vermelha - 9º Dan, vermelha - 10º Dan.
Atualmente, são milhares de praticantes e federações, transformando o Judô em um dos esportes mais praticados em todo o mundo. Tanto sucesso deve-se ao fato de que seus ensinamentos vão além do esporte simplesmente. É a “arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual”, como define seu próprio fundador. A vitória, segundo ele, representa um fortalecimento espiritual. Nas aulas, procura-se passar algo mais, além da luta, do contato físico. Para tornar-se um bom lutador, antes de tudo, é preciso ser um grande ser humano. Por isso, o Comitê Olímpico Internacional afirma que o Judô é o mais completo esporte, por promover a amizade e respeito mútuo. Já a Unesco, braço das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, considera o Judô o melhor esporte como formação inicial para crianças de 4 a 21 anos de idade, já que promove uma educação física integral.
Tradução do japonês: "Caminho/Arte das mãos vazias".
O precursor do Karatê foi Bodhi-Dharma, o mesmo que fundou o zen-budismo da Índia. Muito conhecido no Oriente, foi convidado pelo imperador chinês da época (520 a.C.) para levar seus conhecimentos à China. Mas foi no Japão, mais precisamente na ilha de Okinawa, que o Karatê foi definitivamente sistematizado como a luta das mãos livres, ou melhor, sem armas.
O Karatê moderno foi aprimorado e divulgado por Gishin Funakoshi (1869-1957), após estudar muitos anos na ilha de Okinawa. Em 1922, já em Tóquio, passou a ensinar nas universidades e seus alunos se espalharam por todo o Japão, difundindo seu sistema juntamente com o Zen (exercícios mentais).
Chegou ao Brasil na primeira metade do século 20, com os imigrantes japoneses. Os primeiros instrutores conhecidos começaram a ensinar Karatê nos anos 50.
As diferenças entre os estilos são baseados nos locais de origem, como o Karatê-Dô, o Goju-Ryu, Shotokan, Shito-Ryu, Wado-Ryu e Sorin-Ryu.
Seus preceitos incluem respeito, cortesia, paz, fraternidade, dedicação, harmonia, justiça, união, humildade, paciência, otimismo, bom senso, prudência, controle da violência e disciplina. São efeitos imediatos do Karatê: elasticidade, reflexo, autoconfiança, controle do stress, bem estar, sensibilidade, percepção, intuição, criatividade e segurança pessoal.
Os treinamentos incluem preparo físico, mental, espiritual, emocional e social, defesa pessoal, armas antigas e meditação com aulas criteriosas para todos níveis e idades, masculino e feminino, sem contato total, uma infinidade de técnicas de mão, dedos, pulso, cotovelo e braços, pés, joelho e pernas, cabeça, quedas, torções e imobilizações, com orientação educacional legal e comportamental.
Tradução do Chinês: "tempo e habilidade", "trabalho duro".
O Kung Fu é uma arte marcial milenar. Sua história está ligada diretamente à história da China. Pode ser considerada uma arte marcial direcionada para o bem estar físico, para a saúde mental, para a correção e manutenção do sistema motor, para a melhoria do sistema respiratório, dentre tantos outros benefícios.
Também pode ser considerada uma técnica excelente de defesa pessoal ou combate. Além disso, o Kung Fu aumenta a concentração e a capacidade do indivíduo de manter-se alerta.
Além da habilidade em combate e ganhos de saúde, o Kung Fu trabalha o desenvolvimento pessoal, advindo da disciplina, persistência, respeito aos limites, estrutura o corpo e a mente, ajudando no equilíbrio psíquico e auxiliando o indivíduo a aprender a perder e, mesmo assim, encarar novos desafios sem desistir.
O Kung Fu pode ser praticado por adultos, idosos e crianças de ambos os sexos, dependendo do estilo. Combina ginástica (acrobacias) completa de todo o corpo; na maioria das vezes, sequências de movimentos, chamados de Taolu ou formas, conhecidos vulgarmente como Katis no Brasil, dada a influência do termo “Kata”, usado no Karatê.
Alguns estilos incluem treinamentos com armas chinesas, como bastão (gun), facão (dao), espadas (jian), lança (qiang), entre outras.
Traduzindo, Kung Fu significa “trabalho duro” e, para cada praticante, pode ser direcionado àquilo que ele realmente necessita para melhorar sua qualidade de vida.